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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Déjà Vu


Quem não passou, já,  pela experiência de viver uma determinada situação parecendo-lhe já a ter vivido antes?! Mais... tendo a certeza de que já a viveu, algúres no passado?! Uma situção que se repete fidedignamente não só em termos de espaço como de tempo. Um Déjà vu?! Todos nós (julgo eu)! E o que nos acontece, normalmente, nessa altura?! Ficamos extraordinariamente confusos, pois não sabemos que interpretação lhe havemos de dar! Parece estarmos a viver uma situação surreal… sem sentido!

E se o presente consciente (hoje) não for mais do que um passado subconsciente (ontem) vivido num futuro inconsciente (amanhã)?! E se tudo aquilo que experimentamos no presente não forem mais do que meras recordações passadas, que ficaram gravadas no nosso subconsciente?! Se o presente for passado?! E se já estivermos a viver num futuro longínquo sem termos consciencia disso?! Se o futuro for presente?! Podemos, inclusive, já não viver nesta dimensão espácio-temporal! Podemos já ter morrido…

Jamais me esquecerei do que de mais surpreendente me aconteceu no momento em que tive o acidente de viação mais grave até hoje. No preciso momento em que me apercebi que iria colidir com a viatura que se atravessava à minha frente, tive um Déjà vu. Achei estúpido e inusitado ter um Déjà vu naquele momento… naqueles miseros milésimos de segundo que, diga-se de passagem, pareceram passar muito lentamente (houve um instante em que o universo inteiro  parou, dando-me tempo suficiente para ficar altamente confuso com o que me estava a acontecer e tentar, desesperadamente, lutar com aquela memória a fim de me lembrar como é que a situação iria terminar) que mediaram a travagem e o embate! Muito provavelmente eu já teria vivido aquela situação e a mesma ficara retida no meu subconsciente.

Estas situações deverão ocorrer, apenas, em momentos de grande stress ou de enorme prazer, pois são estes que “merecerão” ficar registados eternamente na memória “emocional” do Eu. Todos os outros serão obviamente “esquecidos”.

Outra situação que pode corroborar com esta “teoria” é o facto de quase toda a gente ter uma fobia qualquer sem ter nenhuma razão plausível que o justifique. Há pessoas que têm pavor de cães sem nunca terem sido mordidas por nenhum; outras de água sem saberem porquê; outras de falar para uma plateia, mesmo que amistosa; e por aí em diante…

Será que essas fobias se prendem com experiências passadas duma vida anterior?! Será que essas experiências ficaram retidas no nosso subconsciente desempenhando um papel preponderante no presente?!

No fundo, se calhar, o nosso subconsciente não é mais do que aquilo que alguns acharam por bem designar por alma. Um local onde ficam gravadas todas as experiências passadas e futuras do Eu, independentemente do espaço e do tempo em que esse Eu viva. E é só nos sonhos - em que o subconsciente está numa espécie de actualização, ordenando e organizando todas essas experiências - que podemos ter realmente acesso áquilo nos vai na alma.
 
Já me aconteceu, por exemplo, sonhar com alguém que não via há muito tempo e, surpreendentemente, rever essa mesma pessoa nesse mesmo dia, sem que houvesse qualquer razão para que tal acontecesse. Outra experiência tão surreal como o Dejá Vu... mas ao contrário. Um Verra!

Começo a acreditar que, de facto, há algo muito maior do que somente esta vida terrena. Que há algo, que não sabemos explicar, que nos faz pairar por este universo infinitamente. Somos feitos de poeira estelar e como tal fazemos parte integrante da infinitude cósmica... Sempre foi e sempre será!

Possívelmente vivemos numa espécie de Matrix, criado por “alguém” para nos fazer lembrar que também nós já fomos, em determinada altura da nossa existência, humanos...


Luís Alturas, 23 de Abril de 2012

sábado, 7 de abril de 2012

A Verdade do Evangelho

A Verdade do Evangelho 

(Segundo a perspectiva de Luís Alturas)

(Clica no titulo)




E dando graças, pegou no teclado do seu laptop, desatou a escrever e disse a todos os seus amigos: “Tomai e lede todos. Este é o meu Conto. O Conto – A Verdade do Evangelho – partilhado por vós, para a transmissão dos recados. Fazei isso em memória de mim.” (At 04,20-12)




quarta-feira, 4 de abril de 2012


A Verdade do Evangelho
(Segundo a perspectiva de Luís Alturas)

Capítulo XX

Belém, 09 de Abril do ano 30 d.C.

    Havia que retirar o corpo de Jesus, daquele sepulcro, o mais rapidamente possível. Mas isso tinha de ser feito de uma forma muito discreta e sem que ninguém visse. Porque aquelas quatro mulheres não conseguiriam transporta-lo sozinhas, Madalena fora o mais depressa que a sua condição física permitia até à casa de José de Arimatéia a fim de contar-lhe o sucedido. Incrédulo, juntamente com Nicodemos, prepararam de imediato duas mulas e fizeram-se transportar até junto da tumba.
    Uma vez aí chegados, e depois de ultrapassado o choque inicial que aquela situação lhes suscitaria, colocariam o corpo de Jesus da forma mais confortável que o dorso do animal permitia. Sobre ele colocariam uma manta para disfarçar tão inusitada forma.
    Uma vez que era Domingo de Páscoa, os judeus estavam quase todos dentro das suas casas a celebrarem a festa. Assim, e tendo-se cruzado apenas com um par de mendigos, dirigiram-se para casa de José sem que ninguém os tivesse visto ou suspeitado da sua carga. Uma vez aí chegados deitariam o corpo de Jesus e começariam a trata-lo da melhor forma que podiam e sabiam. As suas feridas foram devidamente limpas com água e cobertas com ligaduras. Durante todo o processo Jesus manter-se-ia num estado de inconsciência e convulsão e os únicos sons por si produzidos eram uns quase inaudíveis queixumes.
    Depois de o terem tratado, todos conferenciariam sobre a melhor forma de proteger aquele homem que todos pensavam morto. Tinham de tratar de arranjar um local mais seguro para o levarem. E foi Nicodemos que lhes sugeriu um casebre, de que era proprietário, numa povoação que ficava a somente dois dias de distância – Betabara. A família de Jesus anuiu e, ainda nesse dia antes do pôr-do-sol, partiriam numa cáfila, constituída por 6 camelos, providenciada por José. Mas antes Maria pediria a José para que este fizesse chegar essa notícia até ao mais fiel dos discípulos de Jesus – João.
    - Mas, Maria… João não sabe onde fica Betabara nem tão pouco o casebre de Nicodemos! – Exclamara, José.
    - Não vos apoquentais, José… dizei-lhe que faremos alumiar a caravana, de 2 em 2 horas. Assim, estou segura que João conseguirá chegar ao nosso destino.
    José anuiu e assim fez. Logo que aquela família partiu, dirigiu-se ao centro de Jerusalém com o intuito de encontrar João. Mas este já havia partido e o único que encontrou foi Tomé. E foi, então, a esse que deu tão surpreendente noticia.
    - O mestre está vivo…

domingo, 1 de abril de 2012

A Verdade do Evangelho
(Segundo a perspectiva de Luís Alturas)

Capítulo XIX

Belém, 09 de Abril do ano 30 d.C.

    Ao romper da alva, no terceiro dia depois da morte de Jesus, Maria estava entre as mulheres que foram ao túmulo de José de Arimatéia para untar o seu corpo com aromas. Muito pesarosa, acompanhara Madalena, Salomé e Marta até à tumba onde o corpo do seu filho fora depositado havia dois dias.
    Nesse dia, estava longe de imaginar aquilo que os seus olhos iriam observar naquele espaço, logo que a força braçal das outras três mulheres fizera rolar a pedra que o selava. O corpo de Jesus já não se encontrava sobre a plataforma onde o haviam colocado mas, agora, nu junto à pedra tumular.
    A surpresa fora tão grande assim como o medo que, nesse momento, Maria sentira. Não queria acreditar que o túmulo houvesse sido profanado e o corpo do seu filho violado. A quem poderia interessar a profanação daquele túmulo?! Quem poderia ter executado tamanha crueldade?! Poderiam essas vis figuras encontrarem-se ainda nas imediações daquele espaço?!
    Assim que vira o corpo naquele inusitado lugar logo se agacharia junto dele para o afagar. E fora exactamente no preciso momento em que beijava a fronte do seu filho que o acontecimento mais extraordinário da sua vida viria a acontecer. Maria ouviria sair da boca de Jesus, que se quedava escancarada, seca e muito ensanguentada, uma lufada de ar quente acompanhado daquilo que lhe parecera ser um gemido. Não pode ser…
    Incrédula, logo, chamou as outras mulheres, que ainda se encontravam do lado de fora da tumba à espera que lhes fosse dada permissão para aí entrarem e pediu-lhes para que essas se certificassem se aquilo que acabava de presenciar era real ou simplesmente fruto da sua imaginação. Elas assim o fizeram. E para estupefacção de todas, aquilo que Maria lhes havia relatado era de facto uma realidade. Jesus estava vivo. Milagre…