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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Chineses

Se há povo esquisito (muito esquisito, mesmo) é aquele constituído por dois mil milhões de seres humanos (hesito…) amarelos, de baixa estatura, de olhos em bico e com cabelo preto (tipo, palha d’aço). E, quando digo esquisito, não me refiro apenas aquilo que comem (tudo o que mexa e que tenha as costas viradas para o sol) mas da sua própria maneira de ser e de estar. Os chinocas…


Quando, em Portugal, surgiram as primeiras lojas “do chinês” (que deram cabo de um negócio nacional que, na altura, ainda se encontrava em franco crescimento, prosperando em qualquer vila que fosse em grande força – as “lojas dos 300”), não havia nenhuma que não tivesse um raio de um chinoca que não nos perseguisse ao longo dos corredores exiguos do seu espaço comercial, fazendo-nos sentir verdadeiros meliantes. Esse comportamento era tão indiscreto que (das poucas vezes que me apanharam lá) me chateava a ponto de sair imediatamente dali para fora, sem lhes dirigir palavra.

Hoje, passados mais de 10 anos, isto já não acontece (pelo menos, da mesma maneira), porque entretanto evoluíram, apetrechando-se de intermináveis câmaras de videovigilância, que colocam em todos os pequenos recantos das suas lojas. Agora, o tal chinoca, que em tempos nos perseguia, está voltado para um ecrã (normalmente sempre colocado à entrada – para que o percebamos) que lhe vai mostrando todos os passos da clientela, nos quadriculados respeitantes a todas as câmaras do estabelecimento.

Os tipos são mesmo desconfiados! Devem pensar que somos como eles…

E não é só de desconfiança que vivem estes indivíduos. É também do trabalho diário sem direito a folgas, fins-de-semana, atestados por doença ou mesmo morte (aliás, os indivíduos desta raça não morrem – se formos a ver ainda ninguém assistiu a um funeral de um homem amarelo).Os fulanos não param…

Tenho medo deles. Muito medo. É que, paulatinamente, estes fulanos andam a comprar Portugal, aos pedacinhos (através da negociação da nossa brutal divida externa) e temo que qualquer dia cheguemos ao cúmulo de perdermos a soberania e passarmos a ser governados por eles.

Por essa altura o hino português sofrerá alterações de monta, sendo que a mais relevante encontrar-se-á no último verso, que será substituído por: “contra os foliões (os tugas)…trabalhar, trabalhar”…

Raios partam os chinas!



Luís Alturas, 29 de Setembro de 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cavalos, Anões e Palhaços


Ontem, foi notícia no jornal “Correio da Manhã” (where else?!), que várias figuras publicas, do erroneamente apelidado jet-set português (não há jet-set em Portugal, ponto), participavam activamente em orgias em hotéis de luxo, na linha de Cascais e no Algarve, na companhia de prostitutas e travestis (espanta-me não haver também, nessas tais “festas”, cavalos, anões e palhaços – porque sempre seria mais divertido). Entre elas constava aquela “coisa” que vergonhosamente continua impune a tudo e a todos, gozando alarvemente do “Zé Povinho” que o idolatra – José Castelo Branco. Afinal, sempre havia um palhaço…

                               
Supostamente esta descoberta terá decorrido no âmbito de um suposto envolvimento de um empresário do norte no tráfico de armas e de uma denúncia feita pela mulher do próprio que se diz vítima de escravidão sexual. Seria?! Ou terá deixado de receber a “pensão” que lhe era prometida?!

Para mim isto não é notícia, uma vez que este tipo de comportamentos é infelizmente “normal” dentro de uma elite da sociedade portuguesa que se julga (e tira proveito disso) intocável. Uma elite podre, de canalhas, que pelo facto de terem contas bancárias chorudas (à custa, sabe-se lá de que favores) acaba por comprar “serviços” extravagantes e ilícitos sem que sejam alguma vez devidamente punidos por isso.

O escândalo da pedofilia (há mais de 10 anos) foi disso exemplo. Antes de mais estou convencido que para além dos implicados haveria muito mais gente envolvida neste “círculo de amigos”. Desses, grande parte pertenceria ao meio político e judicial. O caso Paulo Pedroso não deixou qualquer dúvida (pelo menos, para mim – comum cidadão) que estes dois poderes, ao contrário do preconizado num Estado de Direito, andam de mãos dadas. Um é subserviente do outro e vice-versa. Todos têm telhados de vidro muito (mas, muito) frágeis.

Não obstante, ter havido um julgamento que condenou os arguidos dos crimes para os quais estavam indiciados, os mesmos continuam a fazer a sua vida normal, isenta de qualquer peso de consciência ou temor, pois sabem de antemão que a justiça portuguesa não é cega, surda nem muda como deveria ser. Para estes pulhas existe sempre mais uma vírgula ou um prazo que pode ser alvitrado e que os vai mantendo à tona da água conspurcada onde se banham diariamente.

Assim sendo, este caso é só mais um dos muitos casos que vai apenas denegrir a imagem da sociedade portuguesa no exterior e que não terá qualquer consequência para os implicados, a não ser o enchimento dos seus bolsos à custa da venda de entrevistas e participações em talkshows televisivos que pagarão a sua presença a peso de ouro.

Porquê?! Porque a sociedade portuguesa embruteceu-se ao ponto de consumir avidamente tudo o que tenha a ver com a imundície, indecência e obscenidade.

A sociedade portuguesa está cada vez mais pobre de espírito…

Palhaçada…

Luís Alturas, 28 de Setembro de 2011

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Sustentadores

Se há coisa dificil de escolher é a lingerie feminina. A roupa íntima da mulher é um verdadeiro mundo à parte, dentro do mundo real. Uma criação de culto que só alguns (poucos) homens podem aspirar a conhecer (os profissionais da área). Há uma gama tão variada de peças (soutiens, tangas, cuecas, shorts, bodies, corpetes, faixas, meias, collants, ligas, etecétera) que a sua selecção, por parte de quem pretenda presentear uma mulher com qualquer uma delas, é um acto de extrema dificuldade e complexidade (de resto, tal como tudo o que tenha a ver com a mulher).

Desde logo, com a peça que tem cerca de 100 anos, que serve para acomodar devidamente as suas glandulas mamárias (vulgo: mamas) e que em Portugal se designa, tal como em França, por soutien (mais um estrangeirismo da língua portuguesa, pois na realidade o nome apropriado seria sustentador).

Para além dos diferentes modelos de sustentadores: almofadados; "push-up"; meias copas; e outros – que servem diferentes propósitos (aumentar, diminuir, levantar, modelar ou juntar), temos os tamanhos e as copas, que naturalmente variam com a quantidade de leite que as mesmas glandulas podem vir a conter (ou que, em certa altura, abarcaram dentro de si).

Quando pretendemos fazer uma surpresa à nossa namorada comprando-lhe, pela primeira vez, uma peça deste grau de complexidade, dirigimo-nos normalmente a uma loja da especialidade. Aí, vemo-nos quase sempre confrontados com a pergunta sacramental (por parte da empregada que nos atende): “Qual o tamanho que pretende?!”. Pois bem, neste particular e visto que naturalmente a namorada não está connosco, tendemos a olhar (já que não podemos tocar) para as maminhas da senhora, avaliando o seu tamanho, distância (entre elas), rigidez e altura, acabando por responder: “São mais ou menos do tamanho das suas!”. Nisto, a empregada vira-nos as costas, para não mostrar o rubor com que as suas faces ficaram, dirige-se a passos largos para um qualquer expositor (recompondo-se lentamente do choque) e mostra-nos o tamanho semelhante áquele que usa por baixo da blusa que tem vestida: “Aqui tem!!!” – vai dizendo, enquanto se afasta e nos deixa a sós com toda aquela gama variadissima de sustentadores.

Ela fica constrangida e nós acabamos por ficar igualmente constrangidos pelo constrangimento causado. Mas há outra forma?! Não. As maminhas da empregada são o nosso único termo de comparação! E não podemos falhar nesta compra de tamanha responsabilidade (da qual pode mesmo depender o futuro desse namoro) correndo o risco de levar um que fique demasiado apertado (que as espalme) ou largo (que não as sustente), dando azo a que ela ainda possa dizer: “Não compraste, certamente, este soutien para mim… Diz-me (sê sincero), tu andas com outra?!”.

Acho que, para que ninguém ficasse constrangido, nessas lojas deveria haver modelos (e já não falo daqueles em carne e osso – pois só em vencimentos o dono da loja ficaria arruinado) que nos permitissem apalpar e tomar o sentido do tamanho pretendido. Da letra correspondente à copa que melhor se adequasse ao tamanho das maminhas da nossa namorada.

Tomando como referência a nomenclatura abaixo, dentro de cada letra há ainda algumas variações que devem ser consideradas e devidamente analisadas.

A – Almost Boobs
B – Barely there
C – Can Do
D – Damn good
E – Enormous
F – Fake

E, era ver “resmas” de homens, à volta desses modelos, à procura do sustentador ideal para as suas mulheres. Seria ainda mais divertido do que o Fun-Center…

Luís Alturas, 27 de Setembro de 2011

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Zebras e Moscas

Não sou “cusco”, mas às vezes gostava de ser mosca. Não que as inveje sobre os sítios por onde andam e daquilo que se alimentam. Disso, dispensava. Mas agora, poder estar nos gabinetes onde são tomadas decisões e perceber o que por lá se faz...isso sim.

Por exemplo, na Junta Autónoma de Estradas.

Gostava de saber qual é a formação académica dos indivíduos que determinam os locais para a colocação das passadeiras (zebras), nas estradas nacionais. É que às vezes dá me a impressão que essa formação peca por defeito. Mas, por muito defeito, mesmo. Não posso crer que seja um engenheiro a faze-lo. Este tem no mínimo 5 anos de formação superior numa, universidade qualquer. E, neste país, não há só a Universidade Independente.

Acho que se fosse um engenheiro “a sério” saberia certamente que há locais onde a sua inscrição no asfalto não é a mais própria. Não é a mais adequada. Nunca colocaria, por exemplo, uma passadeira junto a uma curva; ou à saída de uma rotunda; ou muito menos a escassos metros de uma passagem de nível. Julgo também que teria o cuidado de colocar sinalização vertical prévia (de aviso) e sempre que as mesmas fossem colocadas em percursos rectos e extensos (onde os condutores, com alguma naturalidade, poderão andar mais rápido) e/ou não fossem visíveis, mandaria colocar lombas para obrigar os condutores a reduzirem a velocidade.

Será que nesses gabinetes se debruçam sobre todas estas situações?! Será que as avaliam de forma séria e cuidada?! Será que...trabalham?!

É por estas e por outras que eu gostava de ser mosca...mas pensando bem eu seria apenas mais uma, pois esses gabinetes já devem estar cheios delas!!!



Luís Alturas, 15 de Setembro de 2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

HD 85512 b

A comunidade científica está ao rubro!!!
Na passada segunda-feira anunciaram a descoberta de 50 novos planetas e um dos quais, com 3,6 vezes a massa da Terra, poderá ter as condições ideais para a vida. Poderá…!!!
Este planeta, a que deram o nome de HD 85512 b (como é possível um planeta com um nome destes alguma vez ter vida, pergunto eu?!), está à distância ideal do seu sol (uma estrela da constelação de Vela), apresentando temperaturas, à superfície, que variam entre os 30 e os 50 graus centígrados e muita humidade. Um planeta verdadeiramente tropical…!!!
Eureka…!!!

Se alguma coisa correr mal, por aqui (na Terra), já podemos “safar a nossa pele” e preservar a nossa espécie. Para tal, basta-nos emigrar para o tal HD 85512 b. Yupi…!!!
Mas há um pequeno senão…temos de conseguir viajar à velocidade da luz. Se o conseguirmos, demoraremos a lá chegar apenas uns meros…36 milhões de anos…o que é isso para nós?!?!
Podemos ir sempre num pé e voltar noutro!!!
Luís Alturas, 14 de Setembro de 2011
 
P.S. Não comece o universo a inverter a sua tendência (parva) de expansão, à velocidade de 50 km/s, e a contrair-se a uma velocidade milhões de vezes superior à da luz e é o “safas”…nem na lua, que está 3,8 cm/ano cada vez mais longe de nós!!!
Se eu fizesse parte da comunidade científica preocupava-me em encontrar soluções mais realistas, para assegurar o futuro da nossa espécie, como por exemplo…sei lá… arborizar a lua!!!
Porque não?!?!

domingo, 11 de setembro de 2011

Terrorismo

Faz, hoje, precisamente 10 anos que o mundo, ainda estremunhado, acordava, de forma abrupta, para uma dura e nova realidade. Uma realidade que até então só se encontrava, a espaços, no pior dos seus pesadelos – o terrorismo. E esse despertar foi tão mau que, a partir desse dia, o mundo mudou. Ficou mais negro. Triste.

Sou contra qualquer tipo de guerra (se for possível tipifica-la). É algo que, pura e simplesmente, não deveria existir. Sei que é utópico, mas acho que era evitável se os homens fossem mais tolerantes e menos ambiciosos. Infelizmente, nunca foram nem nunca serão. Faz parte da imperfeita condição humana. Por isso a guerra continuará a fazer parte das nossas vidas. Mas, por muito mau que ela seja, e não obstante aquilo a que chamam de “danos colaterais”, tem regras. É feita por militares.

O terrorismo não é guerra. Representa a forma mais vil e cobarde de manifestação humana. Esta forma de contestação politico-religioso-social é condenável em todos os sentidos. Nenhum fim, seja ele qual for, justifica este meio. Aqui os alvos são os cidadãos comuns. Que nada fizeram para o merecer. Que não o pediram nem o instigaram. Inocentes.

Infelizmente este passou a ser a forma de “guerrilha” mais eficaz que alguma vez fora “inventada” pelo homem. O homem mau. Cria o terror entre as populações impedindo-as de viverem as suas vidas de forma livre, plena e tranquila.

No dia 11 de Setembro de 2001 morreram 2996 pessoas cujo único erro que cometeram, naquele fatídico dia, foi o de estarem no local errado à hora errada.

Eu podia ter estado lá…

Rest In Peace (RIP)


Luís Alturas, 11 de Setembro de 2011